A Recuperação da Economia

A economia portuguesa não só regressou ao crescimento, como vai crescer acima do que era esperado antes. Para o sector de obras e construção, este é também um bom indicados. É verdade que a subida do PIB ainda ficará abaixo dos 2% mas, ainda assim, hoje temos uma tendência positiva, o oposto do passado recente.

Os processos de insolvência em Portugal ascenderam a 4.882 no primeiro trimestre deste ano, mais 0,5% do que em igual período de 2013, situando-se no nível mais elevado em sete anos, avançou a seguradora Crédito y Caución.

O diretor da seguradora Crédito y Caución em Portugal e no Brasil, Paulo Morais, afirmou, citado num comunicado, que no primeiro trimestre deste ano, pela primeira vez desde 2010, pode-se falar de “uma estabilização”.

“Esta mudança de tendência deve-se, acima de tudo, a uma diminuição homóloga das insolvências nas famílias mais próxima dos 5% para 2.756 processos”, explicou o gestor, adiantando contudo que, no caso das empresas, se registou “uma evolução díspar”, mais 8,9% para 2.116 processos.

Os motivos que justificam este comportamento têm a ver com os indícios de melhoria macroeconómica em Portugal que “ainda não tiveram um impacto claro na contenção das insolvências judiciais das empresas”, segundo a seguradora.

“As insolvências judiciais (…) continuam a crescer de forma muito clara no âmbito empresarial. Apesar de vislumbrarmos sinais de melhoria económica em Portugal e de assistirmos a um aumento da confiança das empresas na recuperação da atividade económica, a verdade é que os níveis de incumprimento e bancarrota teimam em atingir muitas das empresas, pelo que em momento algum devemos menosprezar a proteção das transações comerciais entre empresas”, afirmou Paulo Morais.

O setor dos serviços acumula 48% dos processos de insolvência, seguido pela construção (13%), alimentação e bebidas (8%), têxtil (6%) e as madeiras e móveis (5%), realça o estudo do departamento de risco da seguradora espanhola.

Para 2014 as estimativas são, no entanto, mais otimistas, prevendo-se um recuo de apenas 4,5%, face aos 15% verificados em 2013. Para Ricardo Gomes, presidente da Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços (AECOPS), “este é um bom indicador de mudança”.

“Estamos perante um sinal de inversão. 2014 pode significar uma mudança no setor, que é fundamental para a recuperação económica do País”, diz Ricardo Gomes, em declarações ao idealista News.

Segundo o responsável, o Governo também joga uma cartada decisiva tendo em vista esta recuperação do setor, já que ainda pode usar verbas disponíveis dos fundos comunitários, inscritos no QREN 2007–2013. “Acreditamos que isso vai acontecer. É essencial que assim seja, caso contrário o Estado deixa de ter acesso a esse montante. Estamos a falar de cerca de mil milhões de euros que têm de ser usados até final do ano no orçamento”, explica.

A reabilitação dos centros históricos enfrenta problemas graves de despovoamento e envelhecimento da população e os municípios não dispõem de meios financeiros e técnicos para ultrapassar as dificuldades. O alerta foi deixado pela Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico (APMCH).

Segundo José Miguel Noras, da APMCH, os problemas são comuns à generalidade das autarquias. O responsável adiantou que “a escassez de meios, o envelhecimento dos núcleos urbanos antigos e, também, o das próprias populações” são os maiores entraves à reabilitação dos centros históricos.

“Existe um código de arrendamento que não promove grandes facilidades na reabilitação urbana. A necessidade de conservar habitando e de habitar conservando é a melhor forma de reabilitar: vivendo, usufruindo, utilizando, porque sem uso as coisas degradam-se mais depressa”, defendeu José Miguel Noras, salientando que é necessário “dar resposta as exigências das populações”. “[Têm sido reabilitadas] áreas urbanas degradadas com vista a que os centros históricos possam ser cada vez mais habitados, evitando o crescente despovoamento e impedindo que virem museus sem vida”, concluiu.

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